quarta-feira, 19 de junho de 2013

Black Soul Samba faz Especial Tropicália nesta sexta no Los Piratas



Nesta sexta-feira (21) a Black Soul Samba faz a terceira edição do tributo à tropicália realizando a “Black Soul Samba – Especial Tropicália", com o show dos cantores Renato Torres, Joelma Klaudia e Olivar Barreto. Na pista alternativa se apresentará o DJ Alex Roots. Provisoriamente nesta edição a festa acontece no “Los Piratas Algodoal Bar”, começa às 18h, com entrada franca até às 20h. Os ingressos custam 15 reais e entrada para estudantes a 8 reais.

Além disso, os DJ's do coletivo Black Soul Samba formado por Uirá Seidl, Kauê Almeida, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca e Eddie Pereira, tocarão os sucessos de discos que marcaram a música brasileira durante o ápice do movimento tropicalista, tais como: “Tropicália ou Panis Et Circencis” (1968), espécie de manifesto do movimento, "Transa" (1972), de Caetano Veloso, "Expresso 2222" de Gilberto Gil, "A divina comédia" (1970) dos Mutantes, dentre outros, incluindo músicas de nomes como Tom Zé, Rogério Duprat, Novos Baianos e Secos e Molhados.

O repertório da apresentação desta sexta de Renato Torres, Joelma Klaudia e Olivar Barreto trará os clássicos da Tropicália, como a canção-título do movimento, “Domingo no Parque” e “Alegria Alegria”. Segundo Torres não se trata de um cover e sim de um show feito de versões. O trio usará aqui e ali algumas ideias e fraseados dos arranjos originais, para manter a ligação com o espírito da época, como em algumas passagens onde o “ruído” é importante.

O show dos três artistas surgiu de apresentações passadas em outros locais de Belém. Renato e Olivar precisavam de uma voz feminina forte para as canções que Gal Costa interpretava no disco, assim iniciou a parceria com a cantora Joelma Klaudia, cuja voz e perfil se encaixaram muito bem na atmosfera tropicalista. 
“Nossas vozes juntas, especialmente nas canções dos Mutantes, tiveram um resultado muito bacana, que as pessoas gostam muito”, conta o cantor Renato Torres.

Segundo o artista a principal conexão dele com o tropicalismo é a música feita sem preconceitos de origem e que ousa, corajosamente, romper fronteiras, explorando novas possibilidades de interpretação do cotidiano.

“Quem se interessa pela evolução histórica e estética da música no Brasil não pode ignorar jamais a importância da Tropicália, não poderia ter existido Chico Science ou grupos que misturam música barroca e antiga com tradição oral brasileira como o Anima, não fosse o pioneirismo dos tropicalistas, que já compreendiam o conceito de multiculturalidade que está no âmago deste país”, afirma Torres.

Panis Et Circencis

O movimento da Tropicália teve sua origem sustentada por quatro marcos inaugurais, todos acontecidos em 1967: a exposição “Tropicália, manifestação ambiental", de Hélio Oiticica, no MAM do Rio de Janeiro, a estreia do filme "Terra em Transe”, de Glauber Rocha e a estréia da peça “O Rei da Vela” de Oswald de Andrade e as participações de Caetano Veloso e Gilberto Gil no III Festival da Record interpretando “Alegria, Alegria” e “Domingo no Parque”, que com uma nova linguagem inaugurava a guitarra elétrica na MPB.

Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Gal Costa, Torquato Neto, Capinam, Guilherme Araújo, Os Mutantes, Júlio Medaglia e Tom Zé se juntaram para a gravação do disco “Tropicália ou Panis Et Circencis” em 1968. O trabalho foi a concretização de um novo estilo de música que se fazia no Brasil e ganhou visibilidade de um manifesto musical. Os arranjos e a regência ficaram por conta do maestro Rogério Duprat e a produção foi de Manuel Barenbein. Então nesta sexta-feira a Black Soul Samba retoma essa atmosfera e celebra a música brasileira, do jeito que ela merece.


Serviço: Nesta sexta-feira (21) a Black Soul Samba faz a terceira edição do tributo à tropicália realizando a “Black Soul Samba – Especial Tropicália", com o show dos cantores Renato Torres, Joelma Klaudia e Olivar Barreto. Na pista alternativa se apresentará o DJ Alex Roots. Além disso, tem os DJ's do coletivo Black Soul Samba. Provisoriamente nesta edição a festa acontece no “Los Piratas Algodoal Bar”, começa às 18h, com entrada franca até às 20h. Os ingressos custam 15 reais e entrada para estudantes a 8 reais.

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