quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Black Soul Samba homenageia Zeca Pagodinho na voz de Arthur Espíndola



"Confesso que sou de origem pobre, mas meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez. E deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu.”

Cantando o cotidiano do homem trabalhador e que não esmorece na primeira dificuldade, Zeca Pagodinho agrada quem ama um bom samba. Para homenagear esse grande artista, nessa sexta-feira (29) a Black Soul Samba convidou o cantor Arthur Espíndola para cantar os maiores sucessos de Zeca. A festa será no bar Palafita, começa às 20h, sendo o show às 00h. Os ingressos custam 15 reais e 8 reais para estudantes.

A noite também terá os DJ's do Coletivo Black Soul Samba Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuíca, Fernando Wanzeller e Eddie Pereira que levarão ao público um set com muito samba.

Arthur Espíndola levará no repertório hits e músicas lado b de Zeca. Dentre os títulos estão músicas como “Verdade”, “Vai Vadiar”, “Beija-me” e “Samba pras moças”. Haverá várias participações especiais como a da cantora Nanna Reis e outras surpresas que só quem for saberá.

A curiosidade, o ouvido aguçado e o instinto fazem com que Arthur Espíndola transite com naturalidade por várias vertentes do samba, seu gênero favorito. Sua sensibilidade poética e voz afinada, lhe permitem ser extremamente versátil em suas composições. E uma das grandes inspirações dele é Zeca Pagodinho, o homenageado da noite.

“Zeca Pagodinho é um dos meus maiores ídolos, ele é uma enorme inspiração na minha trajetória musical”, conta Espíndola. Segundo o cantor, o que mais de interessante Zeca Pagodinho tem são as criações sempre em versos.

“Ele é um grande músico de partido alto, qualquer estilo de samba fica bom na voz dele, simplesmente porque ele tem personalidade forte, isso tento trazer para o meu trabalho, essa personalidade”, diz.

Deixa a vida me levar

Jessé Gomes da Silva Filho, o “Zeca Pagodinho”, nasceu no Irajá em 4 de fevereiro de 1959 e foi criado em Del Castilho. Foi nos anos 70 que o partido-alto começou a se tornar uma febre nos subúrbios do Rio. E entre um samba e outro, Zeca se virava como podia. Foi feirante, camelô, office-boy, contínuo e anotador de jogo do bicho, fez um pouco de tudo.

No inicio dos anos 80, Zeca em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada, que se chamava "Amargura". A canção entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal.

A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho a conhecer Beth Carvalho, que gravou seu primeiro sucesso dele intitulado “Camarão que Dorme a Onda Leva”. Beth ainda gravou "Jiló com Pimenta" (Arlindo Cruz e Zeca). Depois foi a vez de Alcione gravar "Mutirão do Amor" (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP "Almas e Corações" de 1983.

O pagode, então, já se preparava para estourar no Brasil. A RGE lançou a coletânea "Raça Brasileira" (1985). Entre as canções de Zeca estavam "Mal de Amor", "Garrafeiro", "A Vaca" e "Bagaço da Laranja". Foram 100 mil cópias vendidas, então Zeca não parou mais e foi só sucesso. São 30 anos de carreira e muitas músicas que embalaram reuniões de amigos e amores de muitos brasileiros.

Serviço: Nessa sexta-feira (29) a Black Soul Samba convidou o cantor Arthur Espíndola para cantar os maiores sucessos de Zeca Pagodinho. Além dos sets dos DJ's do Coletivo Black soul Samba. A festa será no bar Palafita, começa às 20h, sendo o show às 00h. Os ingressos custam 15 reais e 8 reais para estudantes.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Black Soul Samba homenageia o dia da consciência negra com noite especial de blues


Na sexta-feira (22) a Black Soul Samba leva ao público a “Noite do Blues” e para isso convidou a banda “Ferrovia Tex Blues” e o músico “Daniel Dú Blues” para tocar o melhor do gênero. Essa edição será uma homenagem também ao dia nacional da consciência negra, com toda a tradição secular do Blues, criado nas margens do rio Mississipi.
A festa acontece no bar Palafita, começa às 20h, sendo os shows às 00h. Os ingressos custam 15 reais e para estudantes 8 reais. Além disso, sets especiais dos DJ'S do Coletivo Black Soul Samba, formado por: Uirá Seidl, Kauê Almeida, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca e Eddie Pereira, tocando B.B King, Albert King, Otis Rush, John Lee Hooker, Heritage Blues Orchestra e muito blues brasileiro.
A “Ferrovia Tex Blues” se apresenta pela primeira vez na festa, a banda iniciou suas atividades em 2011, formada por Sérgio Barbosa (Violão), Dan Bordallo (Teclado) e Tonny Lisboa (Voz e Gaita).
O grupo tem no repertório clássicos do blues como “The Sky is Crying”, “I’ve Mot My Mojo Working” e “Sweet Home Chicago”, além de músicas de jazz como “Summertime”, “What a Difference a Day Makes” e “What a Wonderful World”.
Já Daniel Dú Blues toca pela terceira vez na Black Soul Samba, dessa vez o repertório será focado no blues brasileiro com músicas lado b de Cazuza, da banda Barão Vermelho, Celso Blues Boy, além de algumas versões próprias, canções autorais e clássicos internacionais do gênero, como “Red House”, “Hoochie Coochie Man”, “Mustang Sally” e “Black Night”.
A banda que o acompanhará será Sandro Marcelo Negrão (teclado), Rafael Azevedo (baixo) e Adriano Sousa (bateria), com convidados especiais como Norah Valente, Félix Robatto, Val Fonseca e Jorge Cruz.
O Blues é o estilo que mais gosto entre todos que curto e toco. Também é uma linguagem, um sotaque. O pai de todos os estilos como, por exemplo, seu filho mais famoso o Rock and Roll”, diz Daniel.

Blues, o lamento que virou música
O blues da maneira que conhecemos só tomou forma no sul dos Estados Unidos, com a população escrava chegada da África. O estilo spirituals e gospel nas igrejas evangélicas no final do século XIX se transformaram no blues.
Falar desse gênero é falar de Robert Johnson com seu som rural no início do século passado, depois podem os citar o blues eletrificado de Chicago, com Muddy Waters e Buddy Guy, o blues texano de Stevie Ray Vaughan e Johnny Winter, beirando o rock and roll.
No final do século XIX, a alta taxa de natalidade provocada pela emancipação dos escravos proporcionou outros tipos de trabalho aos negros. Muitos deixaram o campo e partiram para a periferia das grandes cidades do sul, como Chicago, Memphis e a Região do Delta do Rio Mississipi para trabalhar nas primeiras metalúrgicas e refinarias do país ou em canteiros de obras. Mas a maior parte deles foi parar nos entrepostos de algodão e tecidos.
A formação de guetos foi inevitável. Neles, os negros sofriam e também se divertiam. A procura por prazer em prostíbulos, bares e casas de jogo tinham um ponto em comum: a música. Neste ambiente, explodiu a revolução do blues urbano.
A sofisticação chega quando os músicos começam a inserir elementos do jazz, emprestados ao gênero por B.B. King. Importado para a Inglaterra por Eric Clapton, John Mayall e Jimmy Page com seu lendário Led Zeppelin, o blues se tornou internacional. No Brasil o “boom” do estilo aconteceu no começo dos anos 80 com os lançamentos de “Água Mineral” do Blues Etílicos e “Mandinga” de André Christóvam. Em Belém, os primeiros acordes surgiram no final da década de 80.

Serviço: Na sexta-feira (22) a Black Soul Samba leva ao público a “Noite do Blues” e para isso convidou a banda “Ferrovia Tex Blues” e o músico “Daniel Dú Blues” para tocar o melhor do gênero. A festa acontece no bar Palafita, começa às 20h, sendo os shows às 00h. Os ingressos custam 15 reais e para estudantes 8 reais. Além disso, terão ossets especiais dos DJ'S do Coletivo Black Soul Samba.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Black Soul Samba convida Luiz Félix Robatto e toda sua influência latina nessa sexta



Nessa sexta (08) a Black Soul Samba convida o cantor e compositor "Félix Robatto", que levará em seu primeiro show solo, todo seu groove misturando música latina com guitarras e outras surpresas no palco do bar Palafita. A festa começa às 20h e o show às 00h. Os ingressos custam 15 reais e 8 reais para estudantes.

Além disso, tem sets para não colocar defeito dos DJ'S do Coletivo Black Soul Samba, formado por Uirá Seidl, Kauê Almeida, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca e Eddie Pereira.

O guitarrista e percussionista Luiz Félix Robatto fundou em 2004 a banda La Pupuña que circulou não só pelo Brasil, mas também pelos Estados Unidos e Europa, apresentando a “guitarrada progressiva”, mistura do estilo paraense a influências como surf music e psicodelia. Em 2010, a banda terminou e deu origem ao grupo Félix y Los Carozos, que seguiu com as experimentações musicais. 

Robatto participou das duas primeiras edições do Terruá Pará, atualmente ele tem se dedicado à produção de seu primeiro disco solo “Equatorial, Quente e Úmido”, que deve ser lançado no final deste ano. 

O repertório do show vem cheio de coisas que influenciam Robatto, misturado com as composições dele do tempo da banda “La Pupuña”, músicas do "The Charque Side of the Moon" e criações novas que ele vem gravando e compondo nos últimos tempos. A apresentação terá participações de Daniel Du Blues, Liège e outras surpresas para quem estiver na Black dessa sexta. Félix será acompanhado pelos músicos Adalberto Júnior (baixo) e Júnior Dusik (bateria).

O novo trabalho do músico é bem focado na Cumbia e no Cadence Lypso, gênero popular na Dominica que tocou muito aqui na região nos anos 70 e 80. Félix Robatto mistura esses sons com a psicodelia e a Surf Music.

“A música latina sempre esteve presente na minha vida musical, desde os tempos que eu era percussionista e que tive o prazer de tocar com bandas baile. Nessa época eu ouvia muito Tito Puente, Ray Barreto, Celia Cruz, Fruta Quente, Banda Nova, Marca Registrada (essas duas últimas eu tive a honra de tocar). Eu me considero um pesquisador sim! O La Pupuña surgiu de uma bolsa de pesquisa que consegui na Uepa, quando cursei licenciatura em música, mas essa foi a única pesquisa que fiz e foi publicada”, conta o músico.

Hoje ele pesquisa muita coisa para conhecer timbres, sotaques e conceitos. “Preciso pesquisar, pois ultimamente tenho produzido outros artistas e isso é importantíssimo. Meu processo de criação é bem simples, eu junto todas minhas influências, dou uma crivada, gravo e depois crivo mais ainda pra não ficar exagerado e depois passo um "verniz" com algum conceito”, detalha.