O samba e o afoxé são os tons da Black Soul Samba desta sexta, 4 de novembro, que anuncia também o Festival Black Soul Samba, em sua primeira edição. Os shows da noite são com o MG Calibre e o Bizu do Bezerra, em homenagem à Bezerra da Silva; e com o grupo Zimba Groove estreando na BSS. Festa começa às 9 e meia da noite no Tábuas de Maré.
Pernambucano de nascimento e carioca de alma, o sambista Bezerra da Silva é o grande homenageado da festa. Conhecido como o embaixador dos morros e das favelas, Bezerra recebe tributo através dos Coletivo BSS e da banda montada especialmente para ele: a Bizú do Bezerra, que volta à Black Soul Samba depois de três anos e com a novidade de ter Mestre Cavalo, ínterprete conhecido com o melhor cover de Bezerra no Brasil. A banda é formada ainda por com MG Calibre no baixo e direção musical, Marcelo Ramos no cavaco e violão, André Alcantara, Cleber Benigno Patury e Dougas Dias na percussão, que prometem um show cheio de improvisos e novas roupagens para alguns clássicos do partido alto e do samba coco.
Idealizado a partir das relações pessoais de cada um dos integrantes, o “Bizú do Bezerra” nasceu de uma vontade dos músicos em se fazer identificar a partir dos lugares que nasceram, onde tiveram seus primeiros contatos com o mundo do samba. “Cada um de nós tem uma relação pessoal com o samba. Eu, por exemplo, nasci na Pedreira, o bairro do samba do amor. Tem o pessoal ligado ao Quem São Eles, ao Bole Bole. Todos nós temos essa veia da malandragem, só faltava juntar”, explica Douglas.
Bezerra da Silva não nasceu no Rio, mas sua vivência nos morros cariocas imprimiu em sua alma a verve escaldante das ruas fluminenses. Suas canções falavam principalmente da vida do povo e os problemas da sociedade e das favelas.
Percussionista, foi integrante de blocos de carnaval onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950. Durante sete anos viveu como morador de rua em Copacabana, quando tentou suicídio e foi salvo por um Santo da Umbanda. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentist a e cantor, gravando o primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.
A exploração e a opressão sofridas pelos trabalhadores, a malandragem, os ladrões à margem da lei, o uso de drogas, a condenação e a “caguetagem” foram registradas em clássicos como “Malandragem dá um tempo”, “Overdose de Cocada”, “Pai véio 171” e “Malandro não Vacila”, entre outros.
Zimba Groove para abrir a noite com o melhor da música negra
A banda Zimba Groove é a tradução do próprio nome: Zimba que significa brincadeira, roda, gira e o groove que se apresenta em todas as vertentes das influências sonoras negras apresentadas. A banda que se formou a partir de encontros nas ruas da cidade de Belém, se comporta como parte da juventude que aqui habita, transitando e ocupando com arte e música os espaços abandonados, violentos e históricos da capital paraense.
Com cinco músicas autorais ainda não lançadas oficialmente, a banda Zimba Groove já tem uma música circulando na rádio e parceria com artistas paraenses de peso como Joãozinho Gomes. As letras do grupo falam sobre o empoderamento das mulheres negras, o momento atual do movimento negro no Brasil, dos batuques que ocupam e resistem a violência policial na capital paraense e faz duras críticas na letra "Menino preto" que aborda o genocídio da juventude negra.
A banda com recente formação (2015) é composta por 4 integrantes. Jeff Moraes, voz, que sempre está presente nos batuques da cidade tem em seu repertório sambas, afoxés, música regional e black music. Wendell Raiol, violão, que na sonoridade apresenta virtuosismo ao tocar, típica de um professor de música. Ney Trindade, baixo, que tem trajetória em bandas de reggae e na noite de Belém. Douglas Dias, percussão, participante de batuques, grupos regionais e afros, e Cleber Benigno, o Paturi, integrante do grupo de percussão Manari que é reconhecido mundialmente.
De acordo com os integrantes, o som da banda tem fortes influências de ritmos ditados pelo tambor somados ao groove do baixo, o swing da voz e violão.
Festival Black Soul Samba
Já na expectativa de primeira edição do Festival da Black Soul Samba, a noite deste 4 de novembro será ainda para o lançamento oficial desta primeira edição do Festival, quando todas as atrações serão divulgadas, locais e oficinas, tendo o lendário cantor Hyldon.
Além de MG Calibre com a homenagem à Bezerra da Silva e da banda Zimba Groove, a festa terá ainda a presença do DJ Albery Rodrigues que promete apresentar novas mixagens e material inédito na noite que certamente será especial.
Os Dj´s BSS abrem a casa às 21 horas, desta vez com Uirá Seidl, Eddie Pereira, Fernando Wanzeler e Homero da cuíca.
Os Dj´s BSS abrem a casa às 21 horas, desta vez com Uirá Seidl, Eddie Pereira, Fernando Wanzeler e Homero da cuíca.
Serviço
Black Soul Samba em homenagem à Bezerra da Silva com MG Calibre
Sexta, 04 de novembro de 2016 - 21h
Local: Tábuas de Maré - Rua São Boaventura, 156, Cidade Velha, próximo a Avenida Tamandaré
Ingressos: R$20,00 - com meia-entrada para estudantes
Ingressos antecipados com 15 % de desconto no sitewww.meustickets.com
Apoio: Cultura Studio e Eupatrocino Crowdfunding.
Apoio: Cultura Studio e Eupatrocino Crowdfunding.
Informações gerais: (91) 98362 1793
Informações para imprensa: Danielle Franco::(91) 98425 6171
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