quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Black Soul Samba homenageia o dia da consciência negra com noite especial de blues


Na sexta-feira (22) a Black Soul Samba leva ao público a “Noite do Blues” e para isso convidou a banda “Ferrovia Tex Blues” e o músico “Daniel Dú Blues” para tocar o melhor do gênero. Essa edição será uma homenagem também ao dia nacional da consciência negra, com toda a tradição secular do Blues, criado nas margens do rio Mississipi.
A festa acontece no bar Palafita, começa às 20h, sendo os shows às 00h. Os ingressos custam 15 reais e para estudantes 8 reais. Além disso, sets especiais dos DJ'S do Coletivo Black Soul Samba, formado por: Uirá Seidl, Kauê Almeida, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca e Eddie Pereira, tocando B.B King, Albert King, Otis Rush, John Lee Hooker, Heritage Blues Orchestra e muito blues brasileiro.
A “Ferrovia Tex Blues” se apresenta pela primeira vez na festa, a banda iniciou suas atividades em 2011, formada por Sérgio Barbosa (Violão), Dan Bordallo (Teclado) e Tonny Lisboa (Voz e Gaita).
O grupo tem no repertório clássicos do blues como “The Sky is Crying”, “I’ve Mot My Mojo Working” e “Sweet Home Chicago”, além de músicas de jazz como “Summertime”, “What a Difference a Day Makes” e “What a Wonderful World”.
Já Daniel Dú Blues toca pela terceira vez na Black Soul Samba, dessa vez o repertório será focado no blues brasileiro com músicas lado b de Cazuza, da banda Barão Vermelho, Celso Blues Boy, além de algumas versões próprias, canções autorais e clássicos internacionais do gênero, como “Red House”, “Hoochie Coochie Man”, “Mustang Sally” e “Black Night”.
A banda que o acompanhará será Sandro Marcelo Negrão (teclado), Rafael Azevedo (baixo) e Adriano Sousa (bateria), com convidados especiais como Norah Valente, Félix Robatto, Val Fonseca e Jorge Cruz.
O Blues é o estilo que mais gosto entre todos que curto e toco. Também é uma linguagem, um sotaque. O pai de todos os estilos como, por exemplo, seu filho mais famoso o Rock and Roll”, diz Daniel.

Blues, o lamento que virou música
O blues da maneira que conhecemos só tomou forma no sul dos Estados Unidos, com a população escrava chegada da África. O estilo spirituals e gospel nas igrejas evangélicas no final do século XIX se transformaram no blues.
Falar desse gênero é falar de Robert Johnson com seu som rural no início do século passado, depois podem os citar o blues eletrificado de Chicago, com Muddy Waters e Buddy Guy, o blues texano de Stevie Ray Vaughan e Johnny Winter, beirando o rock and roll.
No final do século XIX, a alta taxa de natalidade provocada pela emancipação dos escravos proporcionou outros tipos de trabalho aos negros. Muitos deixaram o campo e partiram para a periferia das grandes cidades do sul, como Chicago, Memphis e a Região do Delta do Rio Mississipi para trabalhar nas primeiras metalúrgicas e refinarias do país ou em canteiros de obras. Mas a maior parte deles foi parar nos entrepostos de algodão e tecidos.
A formação de guetos foi inevitável. Neles, os negros sofriam e também se divertiam. A procura por prazer em prostíbulos, bares e casas de jogo tinham um ponto em comum: a música. Neste ambiente, explodiu a revolução do blues urbano.
A sofisticação chega quando os músicos começam a inserir elementos do jazz, emprestados ao gênero por B.B. King. Importado para a Inglaterra por Eric Clapton, John Mayall e Jimmy Page com seu lendário Led Zeppelin, o blues se tornou internacional. No Brasil o “boom” do estilo aconteceu no começo dos anos 80 com os lançamentos de “Água Mineral” do Blues Etílicos e “Mandinga” de André Christóvam. Em Belém, os primeiros acordes surgiram no final da década de 80.

Serviço: Na sexta-feira (22) a Black Soul Samba leva ao público a “Noite do Blues” e para isso convidou a banda “Ferrovia Tex Blues” e o músico “Daniel Dú Blues” para tocar o melhor do gênero. A festa acontece no bar Palafita, começa às 20h, sendo os shows às 00h. Os ingressos custam 15 reais e para estudantes 8 reais. Além disso, terão ossets especiais dos DJ'S do Coletivo Black Soul Samba.

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