"Confesso que sou de origem pobre, mas meu coração é nobre, foi assim que Deus me fez. E deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu.”
Cantando o cotidiano do homem trabalhador e que não esmorece na primeira dificuldade, Zeca Pagodinho agrada quem ama um bom samba. Para homenagear esse grande artista, nessa sexta-feira (29) a Black Soul Samba convidou o cantor Arthur Espíndola para cantar os maiores sucessos de Zeca. A festa será no bar Palafita, começa às 20h, sendo o show às 00h. Os ingressos custam 15 reais e 8 reais para estudantes.
A noite também terá os DJ's do Coletivo Black Soul Samba Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuíca, Fernando Wanzeller e Eddie Pereira que levarão ao público um set com muito samba.
Arthur Espíndola levará no repertório hits e músicas lado b de Zeca. Dentre os títulos estão músicas como “Verdade”, “Vai Vadiar”, “Beija-me” e “Samba pras moças”. Haverá várias participações especiais como a da cantora Nanna Reis e outras surpresas que só quem for saberá.
A curiosidade, o ouvido aguçado e o instinto fazem com que Arthur Espíndola transite com naturalidade por várias vertentes do samba, seu gênero favorito. Sua sensibilidade poética e voz afinada, lhe permitem ser extremamente versátil em suas composições. E uma das grandes inspirações dele é Zeca Pagodinho, o homenageado da noite.
“Zeca Pagodinho é um dos meus maiores ídolos, ele é uma enorme inspiração na minha trajetória musical”, conta Espíndola. Segundo o cantor, o que mais de interessante Zeca Pagodinho tem são as criações sempre em versos.
“Ele é um grande músico de partido alto, qualquer estilo de samba fica bom na voz dele, simplesmente porque ele tem personalidade forte, isso tento trazer para o meu trabalho, essa personalidade”, diz.
Deixa a vida me levar
Jessé Gomes da Silva Filho, o “Zeca Pagodinho”, nasceu no Irajá em 4 de fevereiro de 1959 e foi criado em Del Castilho. Foi nos anos 70 que o partido-alto começou a se tornar uma febre nos subúrbios do Rio. E entre um samba e outro, Zeca se virava como podia. Foi feirante, camelô, office-boy, contínuo e anotador de jogo do bicho, fez um pouco de tudo.
No inicio dos anos 80, Zeca em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada, que se chamava "Amargura". A canção entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal.
A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho a conhecer Beth Carvalho, que gravou seu primeiro sucesso dele intitulado “Camarão que Dorme a Onda Leva”. Beth ainda gravou "Jiló com Pimenta" (Arlindo Cruz e Zeca). Depois foi a vez de Alcione gravar "Mutirão do Amor" (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP "Almas e Corações" de 1983.
O pagode, então, já se preparava para estourar no Brasil. A RGE lançou a coletânea "Raça Brasileira" (1985). Entre as canções de Zeca estavam "Mal de Amor", "Garrafeiro", "A Vaca" e "Bagaço da Laranja". Foram 100 mil cópias vendidas, então Zeca não parou mais e foi só sucesso. São 30 anos de carreira e muitas músicas que embalaram reuniões de amigos e amores de muitos brasileiros.
Serviço: Nessa sexta-feira (29) a Black Soul Samba convidou o cantor Arthur Espíndola para cantar os maiores sucessos de Zeca Pagodinho. Além dos sets dos DJ's do Coletivo Black soul Samba. A festa será no bar Palafita, começa às 20h, sendo o show às 00h. Os ingressos custam 15 reais e 8 reais para estudantes.