Bêbados tropeçando na rua, malandros, pobres, homens tristes e proletários, são algumas das personagens que flutuam nas músicas de Chico Buarque e em seus sambas que atravessam as horas, dias e anos.
Sexta-feira (4) a Black Soul Samba entra no clima do samba com a festa “Os Sambas de Chico Buarque” com uma apresentação especial de Arthur Espíndola e Banda. O evento acontece no bar Palafita às 20h30, sendo o show às 00:30h, com entrada a 15 reais e 8 reais para estudantes.
A noite também terá os DJ's do Coletivo Black Soul Samba Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuíca, Fernando Wanzeller e Eddie Pereira que levarão ao público um set com Chico Buarque em todas as fases musicais, principalmente os sambas e discos clássicos como “Construção” de 71, “Chico Buarque” de 78 e “Sinal Fechado” de 74, além de todo o caleidoscópio sonoro próprio da Black Soul Samba.
Este é o primeiro tributo que Arthur Espíndola faz, e começou logo por Chico Buarque, uma de suas maiores referências musicais. “Fiquei feliz com o convite, afinal Chico Buarque é um divisor de águas pra mim. Sempre gostei da versatilidade dele e principalmente da relação musical que ele estabeleceu com nomes como Cartola e Noel Rosa”, conta Espíndola.
O repertório do show de Espíndola priorizará as músicas de samba mais conhecidas de Chico Buarque, serão 23 canções apresentadas em parte como medleys, ou seja, um trecho de uma ligada com a outra. Segundo o artista essa foi uma das formas que encontrou para não deixar grandes canções de fora da lista.
A banda que acompanhará Arthur Espíndola foi formada por afinidade musical, pois segundo o próprio cantor é necessário que uma banda tenha mais do que músicos talentosos, mas que gostem do estilo. Quem for à Black sexta vai poder conferir esse time de músicos como Príamo Brandão (baixo), André Brasil (bateria), Marcelinho Ramos (bandolim), Lenilson Albuquerque (piano) e João Paulo Pires (percussão).
Além da banda com grandes nomes da música, a apresentação terá participações especiais de Marcelo Sirotheau, Cronistas da Rua, Larissa Leite, Alexandre Souza, Yasmin Friaça, Gláfira e Renato Rosas.
Construção de Chico
Chico Buarque ganhou fama ao vencer com a música "A Banda", interpretada por Nara Leão, o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Depois disso conquistou reconhecimento de críticos e do público. Fez parceria com compositores e interpretes de grande destaque como Vinícius de Morais, Tom Jobim, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime.
Suas canções denunciavam aspectos sociais e culturais da época, várias foram censuradas. Ameaçado pelo regime militar se exilou na Itália em 1969, mas no ano seguinte retornou ao Brasil. Em 1971 lançou o disco “Construção”, no qual abordava a dura realidade dos brasileiros de classes mais populares. Construção deveria incomodar a censura, mas passou.
O disco falava sobre a história do brasileiro trabalhador, sem perspectiva, sufocado diante das grandes estruturas de poder que se formavam no começo dos anos 70. Sem querer ele se transformava no símbolo de luta contra a ditadura. Suas músicas passaram a ser proibidas. Foi assim com “Minha História”, “Tanto Mar”, “Atrás da Porta” e “Cálice”.
Serviço: Nesta sexta-feira (4) a Black Soul Samba entra no clima do samba com a festa “Os Sambas de Chico Buarque”, com um show especial de Arthur Espíndola e Banda. Além dos DJ's Black Soul Samba. A festa acontece no bar Palafita às 20h30, sendo o show às 00:30h, com entrada a 15 reais e 8 reais para estudantes.
Contatos: 8347-1698 e 89150504
Outras informações e promoção de cortesias: www.facebook.com/ BlackSoulSamba
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