quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Black Soul Samba comemora 03 anos e se despede de 2012 com shows de “Lauvaite Penoso” e “Gigi Furtado e Os Cavaleiros de Jorge”




Aniversário do coletivo terá homenagem aos 20 anos do movimento manguebeat em show especial do grupo Lauvaite Penoso, além do samba marcante da cantora Gigi Furtado dando o tom do universo da música brasileira característico da Black Soul Samba. Tudo nesta sexta, 21, e mais cedo, a partir das 18h, no Palafita.


Há 03 anos a noite de Belém começava a compartilhar do conceito de música negra para além do rap, funk e hip hop. A pesquisa musical realizada pelo Coletivo Black Soul Samba iniciava seu trabalho de realizar festas com todas as vertentes da música negra, principalmente suas raízes fincadas na música brasileira. Samba, axé, batuques, carimbó, tropicália, todos carregam o sotaque que a mãe África vem reverberando nas noites de sexta na capital do Pará.

DJ Uirá Seidl
Do início com os DJs Uirá Seidl, Homero da Cuíca, Kauê Almeida, Eddie Pereira e Fernando Wanzeler mostrando seus sets repletos da musicalidade universal, até os shows de artistas de renome nacional como Saulo Duarte (Ce/SP), Andréa Dias (SP), Jana Figarella (Pe) e Jimmy Luv (SP) entre outros, foram cerca de 110 festas. Sempre conceituais, as noites da Black Soul Samba também levaram importantes tributos e homenagens à ícones da música brasileira como Luiz Gonzaga – interpretado por Adílson Alcântara; Gilberto Gil – interpretado por Olivar Barreto; Caetano Veloso e Tropicália – interpretados por Rande Frank; Tim Maia – com Roguesi; e Clara Nunes – com a diva paraense Gigi Furtado. E é Gigi quem volta ao palco do Palafita para comemorar este aniversário de 03 anos, emprestando sua voz a sambas clássicos e ao melhor de Jorge Ben e da própria Clara Nunes.

A festa desta “Black do fim do mundo” passeia ainda mais pelo cancioneiro brasileiro e celebra também os 20 anos do movimento manguebeat, considerado o segundo movimento musical contemporâneo mais importante, depois da Tropicália. Quem leva a tônica de Chico Science e Mestre Salustiano é o grupo de Icoaraci, Lauvaite Penoso, aportando na Black com todas as cores de rios, pontes e overdrives.

Cultura da baixada com sotaque do mangue
A Banda "Lauvaite Penoso" buscou através da música falar sobre o cotidiano nos movimentos culturais das baixadas de Belém e Icoaraci, junto à mistura de outros pontos fortes do que cada integrante da banda carrega consigo. Seu repertório autoral foi desenvolvido com bases na cultura popular amazônica e brasileira, com influências que vão do carimbó ao tecnobrega e das guitarradas ao maracatu.

A expressão “Lauvaite Penoso” vem das brincadeiras de pipa e rabiola, comuns na periferia de Belém. De acordo com o grupo, empinar uma pipa é voar com ela, explorar novos espaços, experimentar novos vôos! É a primeira viagem de muitas crianças pobres das baixadas de Belém que encontram nesta brincadeira nada mais que Liberdade. "Lavaite Penoso é o nosso grito, é a nossa brincadeira perigosa, já que todos têm que sobreviver em periferias violentas, trabalhando para se sustentar e ainda assim fazer música”, explicam os integrantes.

Com uma cozinha carregada no batuque, o grupo tem Gabriela Maurity e Rodrigo Ethenos na voz e percussão, Gleideson Carréra na voz, percussão e efeitos, Johnny Craveiro com voz, violão e guitarra, Diogo Craveiro com guitarra e voz, Jassar Protázio no baixo e voz, e Júnior Dusik na bateria e sampleador. Para o aniversário da Black o grupo montou um repertório especial todo voltado ao manguebeat.

Criado na década de 90, O objetivo do movimento surgiu de uma metáfora idealizada por Fred Zero Quatro ao trabalhar em vídeos ecológicos. Como o ecossistema mangue é chave na biodiversidade global, o Manguebeat precisava formar uma cena musical tão rica e diversificada como os manguezais. Devido a principal bandeira do mangue ser a diversidade, a agitação na música contaminou outras formas de expressão culturais como o cinema, a moda e as artes plásticas.

O Manguebeat influenciou muitas bandas de Pernambuco e do Brasil, desde a própria Nação Zumbi,  Eddie, Mestre Ambrósio e Mundo Livre S.A, até o Cordel do Fogo Encantando e o músico Otto, entre tantos outros; sendo o principal motor para Recife voltar a ser um centro musical, e permanecer com esse título até hoje.

Samba, suor e “parabéns a você”
Sambista e cantora lírica Gigi Furtado é uma das consagradas intérpretes da música negra em Belém. Elza Soares, Chico Cézar, Jorge Ben e Paula Lima estão no repertório da cantora, montado com arranjos especiais, trazendo todo o batuque afro para cada música interpretada. No show desta sexta Gigi também presta homenagem especial a cantora Elen Oléria, vencedora do concurso nacional The Voice Brasil. No decorrer do espetáculo este repertório vai sendo todo alinhavado e costurado durante a apresentação, levando o público a uma atmosfera musical, proporcionando momentos de entretenimento e boa música. Além é claro, do carisma evidente de Gigi Furtado, que interage de maneira efetiva, dando dinâmica diferenciada ao show.

Acompanhada da banda “Cavaleiros de Jorge”, com quem divide o palco há mais de três anos, Gigi está a frente de um laboratório comprometido com o fazer musical. Composta por André Andrade no violão, André Brasil na bateria e Alexei Moreira no baixo, os “Cavaleiros de Jorge” serão os responsáveis por todo o swingue brasileiro do show de Gigi, que entoará também o “parabéns à você” ao coletivo Black Soul Samba.

Sonoridade, pesquisa e conceito
Vindo de Manaus, o nome “Black Soul Samba”, foi trazido pelo DJ Homero da Cuíca, que realizou a primeira BSS na capital do Amazonas, antes das festas de Belém. De acordo com Uirá Seidl, um dos produtores e DJ da BSS, era a peça que faltava para dar vida ao coletivo. “O nome nos deu inclusive o insight para a festa sair um pouco daquele padrão comumente associado as festas de black music, onde focam quase exclusivamente no hip hop e o funk. Tivemos então a convicção que deveríamos ampliar o escopo da sonoridade do evento, e estender  o termo ‘black music’ para o que de fato é : ‘música negra’. Samba, reggae, afrobeat, muitos estilos, inclusive o blues, são frutos diretos da cultura negra. Os reflexos dessa cultura na música brasileira são indizíveis, e é indissociavelmente ligada a África. Até o tropicalismo não existiria, se não fosse a cultura africana”, acredita.

DJ Kauê Almeida
Mas não foi só, o ano de 2012 foi marcado ainda pela presença cada vez maior do som paraense nas festas. Nilson Chaves, Arthur Espíndola, Buscapé Blues, Curimbó de Bolso, Juliana Sinimbu, Pipira do Trombone, Pio Lobato, Nazaré Pereira, Joelma Kláudia, Rádio Cipó, MG Calibre, Eloi Iglesias e CaBloco Muderno foram alguns dos paraenses que deixaram suas marcas nas noites de sexta no Palafita, alargando o conceito da musicalidade negra e principalmente mostrando às novas gerações que o som produzido no Pará é universal.

Se não bastasse, a Black Soul Samba também tem contribuído para a integração das artes, investindo nos cenários assinados por Aldo Paz e levando exposições fotográficas e de audiovisual em momentos pontuais, incluindo a apresentação de malabares circenses, performances e feiras de acessórios da Madame Bijoux, que também estará nesta próxima sexta.

Na festa deste 21 de dezembro, as trombetas do apocalipse soarão música brasileira com samba, soul e todo o colorido da black music. E é bom aproveitar, pois os DJs Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuica, Fernando Wanzeler e Eddie Pereira retornam apenas em fevereiro de 2013; isso é claro, se o mundo não acabar depois deste aniversário.



Serviço
Aniversário de 03 anos da Black Soul Samba com shows de Lauvaite Penoso e Gigi Furtado e Os Cavaleiros de Jorge
Nesta sexta, 21 de dezembro de 2012. No Bar Palafita - Rua Siqueira Mendes ao lado do Píer das 11 Janelas, Cidade Velha. A partir das 18h.
Ingressos: R$ 5,00 das 18h às 20h (promocional sem meia-entrada) e R$10 ( valor normal com meia-entrada) após às 20h.
Programa de Rádio: Toda quarta, das 21h às 23h, na Unama FM – 105.5; com reprise aos sábados, 22h.
Mais informações: Fan Page: Facebook.com/BlackSoulSamba; Twitter: @BlackSoulSamba; Blog: blacksoulsamba.blogspot.com
Produção: (91) 8291 6992
Imprensa: (91) 8190 8270 / 8889 3639

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Blues brasileiro na Black Soul com Buscapé




Lenda viva do underground paraense, o músico Edwaldo Henrique, conhecido como Buscapé Blues, leva sua irreverência para a Black Soul Samba desta sexta, 07 de dezembro, fazendo da noite uma celebração ao bom humor com o melhor do blues e rocks rurais.


Rock rural e blues certeiros. Estes serão os principais ingredientes sonoros que a banda Buscapé Blues levará para Black Soul Samba desta sexta, incluindo novos arranjos para os clássicos sessentistas de Roberto Carlos, Raul Seixas e, claro, as clássicas “Marambaia”, “Semente de Cânhamo”, “ET” e “Molequinho”, incorporadas no imaginário alternativo de Belém.

No final dos anos 1980 Buscapé Blues já “causava espécie” nas quebradas da Marambaia e de Icoaraci. Aos poucos ele invadiu Belém, conquistou o público em shows inesquecíveis na Praça da República e no Memorial dos Povos e hoje é um dos mais festejados artistas do circuito alternativo Pop Cult.

Buscapé é desses que foca a crítica social com o humor típico dos profetas que sorriem da vida. E com seus acordes, projeta a música de forma lúdica e diverte o público. Seu mais recente trabalho, “Andarilho das Galáxias”, foi gravado com o apoio do Núcleo Cultural da UFPA e editado através da Revista Pará Zero Zero. Suas músicas despertam nos corações e mentes, sentimentos coletivos de criatividade e de crítica às contradições sociais.

Tudo o que Busca canta vira hit, e algumas integram a programação da Rádio Cultura. Utilizando o rock, o blues, o reggae e o rap como instrumentos de conscientização, Buscapé provoca catarse coletiva. Para os que conhecem e curtem, já há um terceiro trabalho, prestes a ser lançado pelo selo Ná Music.

A formação atual da banda reflete mais uma vez o ecletismo do trabalho de Buscapé. A banda Buscapé Blues é formada por: Edwaldo Henrique, vocalista e compositor.  O contrabaixista Franklin Victor estudou música no Conservatório Carlos Gomes, na escola do Sesc (violão popular) e SAM. Jorge Furtado, o guitarrista, é natural de Santa Catarina, estudou no conservatório Villa Lobos em Santos – SP e iniciou carreira com a banda punk Pó da China ,mora em Icoaraci onde participa da banda Novos Camaleões, também dos anos 1980, e do grupo Mundé Cultural, ambos de Icoaraci, além de várias outras que tocam pop rock pelas noites de Belém. O batera é Zequinha Teixeira, músico vindo da escola SAM e Carlos Gomes, e das bandas Novos Camaleões e Paradoxo.

A noite na BSS terá ainda homenagem o lendário guitarrista de blues, Albert King, falecido em 1992, quando os DJs Kauê Almeida, Fernando Wanzeler, Homero da Cuíca, Uirá Seidl e Eddie Pereira colocarão o melhor do blues em seus sets, compondo com o show diferente e cheio de folk, rock rural e, muito, muito blues com a banda de Buscapé, dando o tom da brasilidade negra que são a marca da Black Soul Samba.


Serviço
Buscapé Blues na Black Soul Samba
Quando: Nesta sexta, 07 de dezembro de 2012
Onde: No Palafita – Rua Siqueira Mendes, ao lado do Píer das 11 Janelas
Hora: A partir das 21h
Quanto: R$10,00 – com meia entrada para estudantes
Informações: Produção –  (91) 8413 0861 /  Imprensa:  (85) 9792 5697
Escute a Black na Rádio: Toda quarta, 21h, na Unama FM – 105.5. Reprise aos sábados 22h.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Black comemora o Dia Nacional do samba ao comando de Arthur Espíndola e Jana Figarella



Encerramento do mês fica por conta do talento do sambista Arthur Espíndola, fazendo o pré-lançamento de seu novo disco, numa noite cheia de surpresas e participações especiais. A festa começa com show da cantora Jana Figarella. É nesta sexta, dia 30, pra perder o fôlego na noite em homenagem ao Dia Nacional do Samba.

Comemorado em todas as rodas de samba do Brasil no próximo dia 02 de dezembro, o Dia Nacional do Samba chega mais cedo na Black Soul com dois grandes shows: Jana Figarelle e Arthur Espíndola, com participação do compositor da Escola de Samba carioca, Portela: Toninho Nascimento, e mais uma grande surpresa pra botar o público na roda deste que é um ritmo bem brasileiro.

Ele nasceu e cresceu em meio a rodas de sarais e cedo aprendeu a tocar pandeiro com o avô.  Estava iniciado o ciclo do samba na vida de Arthur Espíndola, um dos cantores mais festejados da nova geração dos sambistas brasileiros nascidos no Pará.  Junto a amigos, com quem mantém contato até hoje, o primeiro grupo de que participou como instrumentista foi "Só entre nós", uma contribuição para a permanente construção sonora na MPB e mais especialmente pela paixão a percussão e bateria, passando a freqüentar a escola de samba “Rancho Não posso me Amofinar”.

Seu primeiro trabalho autoral veio em 2006, com o CD “Coisas que peço”. Suas influências passam por Gilberto Gil, Gonzaguinha, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Monarco e muitos outros. Para a festa desta noite do dia 30, Arthur vai levar uma dessas influências ao palco do Palafita: o sambista Toninho Nascimento, compositor da Portela, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, gravado por cantoras como Clara Nunes e Beth Carvalho.

“É uma participação mais que especial. Tem mais de 30 anos que o Toninho não vem à Belém, então eu estou reapresentando a cidade a ele”, conta Arthur. No show os dois cantarão clássicos de Toninho Nascimento como “Conto de Areia” e “Canto dos Orixás”, eternizadas na voz de Clara Nunes. Segundo Arthur, o show será repleto de conhecidas canções, deixando o público à vontade pra dançar e cantar junto.

Além de sambas clássicos, o show de Arthur também vai mostrar as músicas de seu novo disco, “Tá falado”, a ser lançado no início de 2013. Momento em que as músicas “Carta ao meu amigo gringo” e “Tô fora de moda” (gravada com participação de Gaby Amarantos) terão parada obrigatória. E como se não fosse suficiente, Arthur promete uma grandessíssima surpresa, “tem que comparecer pra ver qual é”, avisa. Artur também ressalta a necessidade de mostrar a cara do samba produzido por pelas bandas do lado de cá: “Neste show eu vou levar curimbós pro palco e cantar músicas do Chico da Silva, por exemplo. Não é um show temático, mas vou evidenciar a bandeira do samba do Norte. A forma com a gente faz o samba aqui é diferente de todo o Brasil e essa é a oportunidade das pessoas conhecerem como é essa samba”.


Samba, suor e poesia

Nascida em Manaus, criada em Belém, radicada em Recife e cidadã Santarena. Com carreira firmada em terras pernambucanas, Jana Figarelle vem direto de Recife para aportar na Black Soul Samba, abrindo a noite deste dia 30.

Com show marcado para 11 e meia da noite, a cantora que já tem dois discos lançados, mostra o seu trabalho rico em sambas, baladas bem brasileiras e muita poesia.

Vencedora do Festival da Canção de Marabá, em 2006, com a música “Sonho de índio”, Jana tem Isabela Moraes, Nena Queiroga, e Nilson Chaves como convidados em seu segundo CD: “Leve”, lançado em 2010.  De acordo com o jornalista e produtor musical Toninho Spessoto: “Estamos diante de uma artista madura, que não tem pudores em expor suas mazelas, em abrir o coração através das canções. ‘Lá Vem Janaína’, seu primeiro CD, é um trabalho pautado por simplicidade e transparência. Autora habilidosa, Jana vai da balada ao samba com igual desenvoltura. Seu cantar é simples e bonito, condiz com o perfil das canções. Jana Figarella dá ‘a cara a tapa’ sem medo de se machucar. E faz música da boa”.

A leveza de Jana pode ser conferida também no gingados de canções cheias de influência paraoaras como “Nada se Compara”, feita em homenagem a cidade de Santarém, e a própria  “Lá Vem Janaína”.

Além dos shows de Jana Figarella e Arthur Espíndola, as homenagens ao Dia Nacional do Samba também dão o tom do programa de rádio da Black Soul Samba desta quarta, 28, pra conferir é só ligar na Rádio Unama – 105.5, das 21h às 23h, e se não der, tem a reprise no sábado, às 22h.   

Mas não é só, os sets dos DJs Uirá Seidl, Kauê Almeida, Homero da Cuíca, Fernando Wanzeller e Eddie Pereira, estarão cheios de raridades do universo do samba, passando pelos principais ícones brasileiros pra deixar todo mundo perder o fôlego na imensa roda de samba que vai ser transformar o Palafita.

Serviço
Dia Nacional do Samba com shows de Jana Figarella e Arthur Espíndola na Black Soul Samba
Nesta sexta, 30 de novembro de 2012, a partir das 21h, no Bar Palafita (Rua Siqueira Mendes, ao lado do Píer das 11 Janelas, na Cidade Velha)
Ingressos: R$10,00
Informações:
 www.blacksoulsamba.blogspot.com / Fan page: Black Soul Samba / Twitter: @blacksoulsamba
Produção: (91) 8413 0861
Imprensa: (85) 9792 5697
Visite nosso site: www.blacksoulsamba.com.br
Escute a Black na Rádio: Unama FM 105.5 – Toda quarta, 21h, com reprise aos sábados, 22h