quarta-feira, 17 de agosto de 2011

BLACK SOUL SAMBA RECEBE SAULO DUARTE





A BLACK SOUL SAMBA EM PARCERIA COM O MOVIMENTO CURUPIRA ANTENADO APRESENTA O PARAENSE QUE MORA EM SÃO PAULO, E FAZ 2 SHOWS EM BELÉM(TOCA NO LANÇAMENTO DO PRÊMIO "CURUPIRA ANTENADO" DE MÚSICA INDEPENDENTE), SAULO DUARTE E A UNIDADE.

Ainda bem que é difícil rotular as canções de Saulo Duarte e a Unidade: com arranjos e letras simples, o compositor nascido no Pará e radicado por aí, hoje morando em São Paulo, não se preocupa com classificações – preocupa-se com a sinceridade de sua expressão musical e poética e com a consistência de sua proposta, todas elas amplificadas e sintetizadas pela banda A Unidade. Com Klaus Sena, no baixo, João Leão, nos teclados e Beto Gibbs, na bateria, além do próprio Saulo, na voz e nas guitarras, a banda potencializa nos arranjos o universo subjetivo de Saulo Duarte, que, na maioria das vezes, compõe as canções no violão. É nas letras do compositor que está o núcleo de sua obra – em sua maioria, elas contêm fragmentos esparsos das experiências pessoais dele, em que as celebrações da vida e as desilusões amorosas se misturam à cidade e aos acontecimentos da ordem do dia. A sensibilidade do compositor o faz permeável a tudo que lhe acontece ao redor, como se ele fosse uma espécie de captador sensível das pessoas e do mundo. Tudo isso em letras simples, com a vontade de dizer o mais profundo da forma mais fácil, sem pretensão. De certa maneira, todo esse universo pessoal está sintetizado nas composições em voz e violão, e cabe à Unidade amplificá-lo. Os arranjos da banda alcançam sonoridades que dialogam com a festividade da Jovem Guarda dos anos 60, do Roberto Carlos romântico e quase psicodélico dos 70 e do Jorge Ben Jor mais groovado, além de referências ao carimbó, à guitarrada e ao brega – que deve ser entendido, aqui, como canção romântica, sem o sentido pejorativo que muitas vezes se dá àquelas obras que versam sobre as faltas sentidas e cometidas. Mas as influências não aprisionam Saulo e a Unidade: o que há de presente nas composições são experiências vividas no hoje – é aí que elas ganham força, porque Saulo está em sintonia com as pessoas e espaços de seu tempo. A Rua Augusta, a Barra Funda, a Cardeal Arcoverde e a Teodoro Sampaio não são apenas cenários – também são personagens, cujos ritmos e frequentadores interferem diretamente nas canções, dando-lhes cores urbanas e contemporâneas. No panorama da nova geração da música brasileira, Saulo Duarte e a Unidade se destacam por evitar o uso da técnica pela técnica: o espetáculo e a verdade de suas canções estão no suor e no sorriso dos músicos, na sinceridade das letras e na simplicidade dos arranjos. Saulo Duarte é um portador de canções, um intérprete de si mesmo, com a certeza de que é nas manifestações mais específicas e subjetivas que estão os conteúdos mais universais.

(Rogério Duarte)

terça-feira, 9 de agosto de 2011


No dia em que a cantora completaria 69 anos de vida, a Black Soul
Samba volta das férias em um Tributo trazendo além das pick up´s, a
atual voz do samba paraense: Gigi Furtado.

“Quem samba na beira do mar é sereia...” O mito da força das águas,
consagrado na voz de Clara Nunes, ainda hoje ecoa no imaginário
popular. Conhecida por sua crença aos deuses do panteão africano e por
sua fé na Escola de Samba Portela, a cantora mineira faria 69 anos de
idade neste 12 de agosto de 2011. Como homenagem, a Black Soul Samba
leva ao palco do Bar Palafita a paraense Gigi Furtado, para
interpretar canções como “Morena D`Angola”, “Tristeza Pé no Chão”,
“Canto das Três Raças”, e todos os grandes sucessos que Clara Nunes
deixou marcados no cancioneiro brasileiro.

Considerada uma das maiores cantoras do país, a mineira de Paraopeba
também foi grande pesquisadora dos ritmos e folclore de nosso país,
assim como das danças e tradições afro-brasileiras, talento que a
levou, por diversas vezes, a representar o Brasil na África. Clara
Nunes foi a primeira cantora a vender mais de 100 mil cópias de vinis,
quebrando o estigma de que mulheres não vendiam discos. Com sua morte,
se transformou em mito da música popular brasileira.

Sua grande estréia foi em fevereiro de 1973, ao lado de Vinícios de
Morais e Toquinho com o show “O poeta, a moça e o violão”, no Teatro
Castro Alves, em Salvador-Ba. 10 anos de sucesso depois, em 28 de
abril de 1983, Clara Nunes falecia.

O Tributo da Black

Além dos djs residentes da Black Soul Samba, a noite de Tributo à
Clara Nunes terá a cantora Gigi Furtado acompanhada da banda
Cavaleiros de Jorge.
Considerada a atual grande voz do samba paraense, Gigi Furtado vem
colecionando títulos de “melhor intéprete” nos Festivais de Marchinhas
Carnavalescas (2010/2011), além de ter sido premiada como Cantora
Revelação de 2010 no Baile dos Artistas.

Desde então a sambista vem criando um forte vínculo com o público
durante suas apresentações. Seu talento, simpatia e espontaneidade
proporcionam um ambiente descontraído e propício a boa música.

Além do show de Gigi Furtado, o Tributo à Clara Nunes terá ainda
cenário de Aldo Paz , que promete boas surpresas ao público.
Nas picapes, os DJs Eddie Pereira, Fernando Wanzeller, Homero da
Cuíca, Kauê Almeida e Uirá Seidl. tocando samba rock, tropicalices, nu
jazz, afrobeat, samba raiz, funk e a música Black Soul Samba que é a
marca das noites de sexta no Palafita.

Serviço:
Tributo à Clara Nunes - Com show de Gigi Furtado e banda Cavaleiros
de Jorge + Djs Black Soul Samba.
Ingresso normal: R$10,00
Ingresso promocional: R$5,00 para os primeiro cinquenta convidados.
O Bar Palafita fica na Cidade Velha, ao lado da Casa das 11 Janelas.
Informações: (91) 8272 5105 / 8739 8673